domingo, 24 de setembro de 2017

Minhas manhãs de desespero

Foto: Eder Schütz
Desespero.

Eu me pergunto quantos dias ainda vou aguentar me sentindo perdido. Pensando em onde meu desespero me fara chegar. E os dias vão passando e eu não chego a lugar nenhum.

Todas as manhãs abro os olhos e vejo as mesmas quatro paredes brancas. Eu poderia pintá-las de cores diferentes, mas  sei que elas ainda serão as mesmas. "E se eu começar a fingir? Me convencer de que sou feliz?" Nada vai mudar eu sei, mas já é um progresso. 

Sou sufocado pelos meus pensamentos que repetem incansavelvente que as coisas podem ficar piores ainda quando eu encarar a realidade e descobrir que já "eras uma vez", não tem como mudar meu destino. Pronto. Acabou. Me ferrei e sou totalmente culpado por isso. E então eu acordarei e perceberei, que cuspi no ventilador. E a vida mudou para sempre. Só me resta ficar deitado o dia todo.

De repente, você é forçado a fazer coisas que você jamais faria. Tipo de coisas que só te trazem dor e rancor. Coisas que te fazem vomitar de remorso. E descobre que, depois de tanto chorar, você esta sozinho. Descobre que isso seria a única coisa que jamais poderia ter acontecido.  Não tem como aceitar este destino, ele é desprezível e vergonhoso. O medo, o remorso e a vergonha é tão grande que você luta para não aceitar que isso aconteceu na sua vida. É difícil dar o primeiro passo na aceitação. É difícil tentar convencer a si mesmo que não tem mais volta. Mas se não fizer isso, vai ficar na mesma. Para todo o sempre. 

Acho que estou doente por não conseguir aceitar meu destino.

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