"Mark era um moço daqueles que nunca chegava na hora. Não tinha pressa mas tinha apreço, pois nunca esquecia um amigo e nem o seu violão.
Meio lobo solitário na sua maneira de ver a vida, e mesmo assim tinha muitos amigos que sabiam esperar a sua hora e acolher o seu eterno "isto não está certo" e o seu "amanhã, amanhã eu vou".
Quem queria o Mark tinha que ir buscar e dar carona de volta, pois ele não gostava de dirigir e tão pouco de ser dirigido. O tempo para ele não tinha conta, era para festejar com canto, viola e amigos. Idos tempos, saudades.
Pensei que, como o Mark, a vida não tinha pressa pra acabar. Perdi o nosso prometido e nunca acontecido reencontro. E desde então, carrego aquele vazio no estomago que não é fome."